Bodrum
Atualizado: 5 de fev. de 2020
Motivos diversos retiram a Turquia da Antiguidade e a faz surgir esplendorosamente no século XXI. Istambul, Capadócia, Ephesus viraram pontos obrigatórios na rota do turismo. Mas a queridinha turca dos descolados , ainda permanece fora do interesse dos turistas: BODRUM.

Foto: Divulgação
O nome é estranho, mas poderia ser mais esquisito ainda se a cidade permanecesse com seu nome de origem – Halicarnasso di Caria. A pequena cidade foi palco de tremendos filósofos que ficavam expondo seus pensamentos e narrando suas histórias nas praças. O sábio Heródoto foi um deles. Mas o que poucos sabem é que de lá surgiu um termo usado indiscriminadamente por milhares de pessoas constando até no nosso dicionário – mausoléu.
Lá pelos idos de 300 e pouco AC a Rainha de Halicarmasso, Artemisa II mandou construir o maior e mais suntuoso túmulo de todas as épocas para seu irmão e marido o Rei Mausolo. A base de mármore e bronze sustentava as estátuas dos Reis, numa construção inteira revestida de ouro. A apoteótica tumba do amado de Artemisa tornou-se uma das sete maravilhas do mundo antigo.

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Claro que o sucesso incomoda e assim concorrentes demoliram no século XVI o mausoléu e usaram os materiais para construírem o Castelo de São Pedro de Halicarmasso. Uns míseros fragmentos sobraram e hoje estão em Museus de Londres e de Bodrum.
Certamente não é só a importância histórica que tornou Bodrum o destino mais dinâmico da Turquia. Até os anos 60, a cidade não passava de um vilarejo de pescador. Mas seu clima e a água super transparente de sua costa, um povo extremamente educado, tornaram a pequena cidade, a pérola da Turquia.
Copiou da sua vizinha de frente, a Grécia as charmosas casas brancas. Nas suas vielas, sobretudo em Kumbahçe ao lado de gostosos bares com música ao vivo, um sem fim de pequenos comerciantes aguardam a disputa no jogo da pechinchas.
A vida noturna da cidade é tão animada que alguma das melhores boates da Europa abriram suas portas por lá. O rústico convive em maior harmonia com o luxo. Mas é na Salmakis Bay onde impera a sofisticação nas super transadas boates ao lado das corriqueiras famosas lojas de grife.
Quem não está hospedado em iates ou em navios de cruzeiros, não vai se sentir mal em ficar no Maça Kizi Hotel. Assistir ao por do sol que é lá pelas 22 h, tomando um delicioso drinque feito com licor de cerejas, água frisante e muito gelo e dividindo a vista entre o mar, os monumentos e gente bonita, só cartão de crédito compra.

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De suas águas adoradas pelos aficionados por snorkel, saem peixes e frutos do mar que vão compor o ritual turco das refeições. Em Gumuçsluk no colar de restaurantes pé na areia, digo, pé nas pedras, todos são enfeitados com flores e cabaças coloridas, o Mimoza se sobressai servindo os famosos mezes. Do deque sobre a piscina natural, bebericar um ao som de refinada trilha sonora é simplesmente guardar na memória um sonho vivido.
A pequena população convive harmoniosamente com turistas que se espalham entre os simpáticos hotéis e charmosos resorts. Em relação às também badaladas cidades que atraem turistas, Bodrum ganha longe na relação custo-benefício… por enquanto.

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