
Color Run
Atualizado: 5 de fev. de 2020
A maratona mais feliz do mundo – Color Run

Foto: Divulgação
A chegada da Primavera sempre foi cercada de festas. Muito antes do ano I D.C., os hindus, por exemplo, já saudavam a estação das flores, com o famoso Holi – Festival das Cores. Até hoje, no dia de lua cheia entre fevereiro e março, a turma da Índia se cumprimenta alegremente dizendo “Holi Hai”, enquanto atiram-se mutuamente pós coloridos.
Não é que em pleno século XXI, precisamente em 2011, uma empresa de eventos de Utah resolveu resgatar a proposta, agregando à alegre parafernália das cores, novos atributos?
Conceituada como A Maratona mais feliz do mundo, a cidade de Phoenix deu a largada do projeto em janeiro de 2012. Surgiu assim a Color Run, cujo evento é repetido hoje em mais de 300 cidades de 50 países.

A proposta é despertar nos acomodados o prazer pela corrida, de uma maneira divertida e criativa.
Feita a inscrição, que gira em torno de 35 dólares, ao participante só existem dois compromissos: apresentar-se trajando um branco imaculado e terminar os 5 km, o mais colorido possível.
A cada 20 minutos, TODOS devem dar sua contribuição na criação artística. Voluntários contribuem ativamente cobrindo de pós coloridos os atletas. Mesmo sem se saudarem com o “Holi Hai”, a antiga Índia se faz presente no resultado final.
Atravessada a faixa da chegada, uma animada festa com sons e danças cumprimenta a todos os que trocaram a inatividade pela travessia de 5 km.
Como vale mais a farra do que a mini maratona em si, em 2014 a Color Run promoveu na Filadélfia a primeira corrida à noite.
As estrelas do céu acabam sendo ofuscadas pela iluminação frenética do espaço, aliada aos kits limitados, mas cheios de badulaques brilhantes.
A Color Run é uma firma com fins lucrativos. Entretanto, à preocupação primordial, que é o incentivo ao esporte, é agregada a conscientização social, pois é obrigatória a cada cidade onde é promovida a corrida, a parceria com instituições de caridade, às quais será doado um percentual pré-determinado.
Claro que a imensa maioria dos competidores é composta por jovens. Mas em todos os países onde vem sendo executado, coroas e crianças tem direito á repetirem seus antigos ancestrais. Afinal de contas, na velha Índia a brincadeira começou entre pais e filhos que naquele dia se distanciavam da rigidez patriarcal e se divertiam colorindo e sendo coloridos por seus pimpolhos.

Foto: Divulgação
A Color Run pela segunda vez em Paris, promoveu no dia 19 de abril deste ano, a despedida dos ‘trocentos’ tons de cinzas invernais, anunciando a chegada da Primavera, no Hotel Deville. As cores das flores que virão, inundaram as margens do Sena.
A Tour Eiffel foi o espaço escolhido para que os vinte mil parisienses exaustos mas felizes, comemorassem o ingresso numa vida mais saudável. O hospital Petits Princes,foi a entidade premiada pela Color Run.
No Brasil já houve a primeira tentativa da ideia, tendo sido o aterro do Flamengo o espaço do evento, mas… parece que não deu muito certo. Convenhamos que para os cariocas, onde o uso de casacos passa longe da rotina e em um país onde a cor florida da natureza é uma constante, não tem mesmo sentido, impor um marco diferencial.

Foto: Divulgação