Izabel Telles
Atualizado: 5 de fev. de 2020
Há certas pessoas que se destacam, onde quer que estejam. Esse é o caso de Izabel Telles, que tive o privilégio de conhecer na casa de uma grande amiga, Maria Emilia Cunali, irmã da entrevistada. Izabel é uma mulher de traços fortes e harmônicos, com olhos que penetram a alma do interlocutor e sorriso franco que atrai a atenção.
Em seus sonhos de juventude, via-se médica, morando fora do Brasil, rompendo seus laços e cuidando das dores alheias. Queria escrever livros, poemas, fazer cinema, quem sabe ser atriz… A versatilidade de ideias, inquietude e curiosidade, estavam cunhadas em seu signo de Gêmeos. Comunicativa e entusiasmada pela vida, tornou-se jornalista e publicitária.
Izabel enxergava sempre muito além da matéria e em 1996, chegou o momento em que compreendeu ser este um dom muito especial: começou a cuidar da alma, dedicando-se a pensar as feridas do espírito que se refletem no corpo físico. Formou-se na escola do Dr. Gerald N. Epstein, professor de psiquiatria clínica no Centro Médico Monte Sinai, em Nova York, pioneiro no uso de imagens mentais para tratamento de problemas físicos e emocionais. Dr. Epstein ministrou palestras em todo o mundo e é fundador e dirigente do American Instituto for Mental Imagery (AIMI), além de inúmeros livros sobre o assunto.
Izabel tornou-se igualmente autora de diversas obras como “O Livro das Transformações”, “Feche os Olhos e Veja” (ambos da Editora Agora) e “O outro Lado da Vida” (Axis Mundi).
Tem fé no que faz e considera o trabalho sagrado. Admite-se contestadora, mas, na realidade, é uma inconformada com a mediocridade e passividade das pessoas. Irrita-lhe o comodismo, a preguiça, a falta de coragem e, nas próprias palavras de Izabel, a “cegueira emocional”. O tédio é seu maior inimigo e a falta de atividades aborrece-a.
Nascida a 13 de junho de 1949, em Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, teve a ventura de crescer em meio às paisagens de uma fazenda, “correndo pelos campos, nadando em rios gelados e desafiando o vento”. Ouvia as histórias dos colonos italianos e dançava ao som das sanfonas, no terreiro de café. Lembra-se de ter sido ora muito feliz, ora infeliz, o que lhe deu a alcunha pelo avô de “boca quadrada” porque chorava muito!
Regida por Mercúrio, que lhe confere agilidade mental e grande poder de persuasão pensa em ter quem sabe um dia, um programa de rádio ou de TV. As chances de seu sonho acontecer são grandes já que sabe tirar proveito de todas as facetas que a vida lhe apresenta e está sempre preocupada com atividades intelectuais, buscando amigos igualmente inteligentes, o que a faz viver várias experiências.
Jovial, sente orgulho de ter criado os filhos dando-lhes o direito de gostarem ou não dela, ainda que a segunda hipótese seja pouco provável… Izabel é, de modo geral, uma agregadora, mas admite criar por vezes afastamentos, ainda que contra a vontade. Perguntada a respeito, Izabel alega que sua “vida sentimental foi um desastre” e que ainda está à procura da cara metade ideal. Como é de natureza instável e complexa, é difícil a um signo do ‘Ar’ chegar a essa situação…
Considerando que a segurança pessoal é a grande preocupação nacional, foi questionado o que deveria ser feito para reduzir a criminalidade, ao que respondeu: “Mostrar às pessoas que a vida é um milagre”!
Concordamos, já que a falha basilar do Brasil é a educação e que sem isso, abre-se a porta para a marginalidade. Izabel deixa, a seguir, conselhos, para o desenvolvimento pessoal, inclusive no mercado de trabalho.
“Só conviva com quem o faça feliz. Não minta para o seu coração. Diga sim às oportunidades, não pense que você é mais importante que ninguém. Acredite profunda e verdadeiramente na força da Suprema Inteligência. Leia muito, assista muitos filmes e selecione os programas da TV”.
O portal Amantes da Vida transcreve, a seguir, a letra da composição que marcou a infância de Izabel Telles, “Se Todos Fossem Iguais a Você”, de Tom e Vinicius de Morais. Em criança, julgava que Maysa cantava especialmente para sua mãe, tal o encanto que tinha por ela. Pela inocência de todas as crianças que ainda existe em nós, pela poesia e rara beleza musical, a homenagem da revista eletrônica à todos:
Vai tua vida Teu caminho é de paz e amor A tua vida É uma linda canção de amor Abre os teus braços e canta A última esperança A esperança divina De amar em paz
Se todos fossem Iguais a você Que maravilha viver Uma canção pelo ar Uma mulher a cantar Uma cidade a cantar, a sorrir, a cantar, a pedir A beleza de amar Como o sol, como a flor, como a luz Amar sem mentir, nem sofrer
Existiria a verdade Verdade que ninguém vê Se todos fossem no mundo iguais a você